quarta-feira, 17 de abril de 2013

Seca: Rui Costa é alvo de duras críticas na Alba

O chefe da Casa Civil do governo do estado, Rui Costa (PT), foi o principal alvo das críticas da bancada de oposição ao debater o projeto de Lei que autoriza o Governo do Estado a contratar até US$ 50 milhões em operação de crédito ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida).

Os parlamentares aprovaram à unanimidade a matéria, não sem antes discutir a reprovação da emenda proposta pela bancada da Minoria. O adendo tornaria possível o repasse do recurso diretamente às prefeituras. Diferente da proposta inicial.

A matéria defende que o repasse seja direto aos “conselhos comunitários, associações, sindicatos de trabalhadores rurais, cooperativas e outras entidades representativas de comunidade, sem fins lucrativos, regularmente constituídos no Estado da Bahia”.
De acordo com Elmar, que foi um entre vários parlamentares a criticarem a restrição, a ideia da oposição era colaborar. “era muito mais claro passar o dinheiro para as prefeituras. Nós queríamos autorizar o governador a fazer. O semiárido está quebrado”.

José Raimundo (PT) saiu em defesa da matéria. Segundo o petista de Vitória da Conquista, o regimento do Fide determina que a transferência seja feita nos moldes do projeto. Vetando, portanto, o repasse aos gestores municipais, como defendem os oposicionistas.

O líder da bancada governista, José Neto (PT), lembrou que as administrações de Paulo Souto (DEM) e César Borges (PR, mas à época PFL) também pegaram empréstimo ao Fide da mesma forma.

Para Elmar, o argumento não é convincente. Ao contrário, o parlamentar, que está de saída do PR, afirma que “Casa Civil marginaliza os prefeitos. Eu não sei porque os prefeitos, que são os parceiros ideias do governo, ainda acreditam neles. A mim não convence que é a orientação. Ainda que houvesse, é apenas (a emenda) para incluir os municípios”.

O problema é que se o Poder Legislativo autorizasse caberia ao governador ter o desgaste de vetar o artigo acrescido. Isso se de fato for contra as exigências do financiador.

Contudo, o empréstimo é apenas um dos elementos da equação de combate aos efeitos negativos da seca citados durante a sessão desta terça-feira (16).

Durante o pronunciamento ácido ao pré-candidato petista ao governo do estado, Rui Costa, Elmar Nascimento contou um caso ocorrido há um ano. Quando o secretário esteve na assembleia para falar sobre o comitê de convivência com a seca, do qual seria coordenador.

O parlamentar de Campo Formoso afirma que levou até Rui Costa uma demanda para ligação de 200 poços. Protocolou o pedido atendendo a solicitação do secretário, mas nada foi feito. Para piorar, conforme disse o republicano em plenário, nos últimos dia o chefe da Casa Civil este no município de Senhor do Bonfim, onde ouviu a mesma queixa do atual prefeito de Campo Formoso.

A resposta foi a mesma: que precisaria de informações a respeito dos poços para promover as ações: O secretário perdeu a autoridade para tratar do assunto.

Bruno Reis (PRP) foi mais agressivo e direcionou suas criticas ao governador Jaques Wagner (PT) diretamente.

“Esse governador que não acredita em Deus, que retirou do bolso esse candidato que deseja colocar (no Palácio de Ondina), colocou como coordenador do comitê (de convivência com a seca) esperando que logo após a liberação de algum recurso viria a chuva, mas a chuva não veio. Resta agora, as pessoas que como eu, que temos muita fé em Deus, que cremos em Deus, rezar para chover. Porque o governo não fez a sua parte e agora tem que rezar para isso”.

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