terça-feira, 2 de abril de 2013

Pastor Feliciano desabafa e diz que Brasil vive uma ”ditadura gay”


Feliciano relata ter vestido a camisa de Dilma em 2010, mas agora se sente traído pelo PT (Foto: Agência Câmara)
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) demonstrou ontem ceticismo sobre a reunião de líderes partidários na Câmara que tratará do seu caso. O encontro estava marcado para ontem e ficou para a semana que vem. Feliciano acha que o Brasil vive uma “ditadura gay” e relata que na Assembleia de Deus, “tem muitos casos de ex-gays”.
  É necessária uma lei para combater a homofobia? Ele acha que não. Se a lei for aprovada, teria de se fazer o mesmo para outras minorias -por exemplo, para quem é “caolho” ou “banguelo”.
“Eu não recebi o convite ainda. Estou estudando se eu vou atender. Regimentalmente, não tem o que ser feito. Eu não sei o que faria nesse colégio de líderes. Ir ali para ser oprimido e achincalhado por um grupo de pessoas que, na verdade, deveria defender o Parlamento -e não abrir um precedente como está sendo feito. Acho muito perigoso”, disse o deputado.
Em entrevista ao Poder e Política (Folha de São Paulo), programa da Folha e do UOL, Feliciano falou de maneira franca sobre suas convicções como pastor, sua outra atividade além da política. Ao dizer mais uma vez que não vai renunciar ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, comparou-se ao atual presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).
“Todos nós sabemos que o deputado Henrique Alves chegou à presidência [da Câmara] debaixo de muita pressão, debaixo de muita luta. Eu me espelho nele. Esse vigor que eu estou tendo de suportar essa pressão se inspira nele”, declarou Feliciano, que tem 40 anos e sofre críticas diárias por estar no comando da Comissão de Direitos Humanos. (Fernando Rodrigues/Folha de São Paulo)

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