terça-feira, 2 de abril de 2013

Intriga do bem: seca, César Borges e Geddel na pauta de Wagner


Seca, eleições 2014 e o César no minisério de Dilma. Estes foram os destaques da entrevista concedida, na noite desta segunda-feira (1º), pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), no programa Roda Viva, da TVE.
 
Logo no início da rodada com perguntas feitas por jornalistas como Malu Delgado do EStadão, Jorge Patury (Folha), Rafael Colombo (Bandeirantes) e o editor do Grupo A Tarde, Vaguinaldo Marineiro, o assuto seca veio logo à tona.

"Na verdade já estamos fazendo muita coisa preventivamente. 
Lancei o Água para Todos que hoje beneficia cerca de 3.5 milhões de pessoas. Atualmente, temos 100 mil sisternas e adutoras e dia 20 estaremos entregando mais uma em Irecê. Então, do ponto de vista do abastecimento humano foram tomados estes cuidados", afirmou Wagner, aproveitando para pontuar o trabalho do Governo no Estado com relação à esta problemática, bem como, ressaltando "que não tem como inventar. Estamos enfrentando a pior seca dos últimos 60 anos".
 
 
Mas,o petista foi logo cercado por questionamentos como: Se as obras do São Francisco tivessem respeitado o cronograma o problema da seca seria amenizado? O que os governos têm feito, de fato, para resolver isso? "Os nove governadores atuam como pode no combate à seca e fazemos reuniões bimensais. Claro qu se as obras estivessem concluidas estados como Ceará e regiões para o lado da Paraíba teriam se beneficiado. Temos o pensamento de olhar o nordeste como o todo", disse.
 
Por conta disso, foi pedido ao governador baiano uma análise do atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra - que presidiu o Complexo Portuário do Porto de Suape na gestão do governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, até fins de 2010 e da possível candidaturaCampos, à presidência da república.

"A gestão dele é 
ágil", resumiu o petista sobre Bezerra. Mas, na oportunidade, Wagner aproveitou para alfinetar o ex-ministro da Integração, Geddel Vieira Lima 
- cacique do PMDB baiano, relembrando a gestão do Vice-Presidente de Pessoa Jurídica da Caixa. "Não posso nem falar em Integação pela questão de se ter aliado e isto ser um facilitador nas negociações, até porque, um dos ministros que tivemos na pasta era baiano e não necessariamente ter um ministro seu é sinal de resolução dos seus problemas. Hoje, este que já foi da Integração é meu inimigo político", disse, sem citar nomes.
 
Eleições 2014
 
Já sobre Campos, Wagner se atentou a 'puxar' o político ainda mais para a base, tentando deixar claro que a candidatura dele pode não ser uma boa ideia para 2014. "Em algum momento o PSB vai se posicionar. Já disse ao próprio Campos que faço a intriga do bem", disse.
 
Campos, que provavelmente disputará com a presidente Dilma Rousseff em 2014, pode ter dificuldades em fechar um acordo nos Estados governados pela legenda.
 
De acordo com notas publicadas na coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a direção do PT colheu diagnóstico de que os governadores do Amapá, Camilo Capiberibe, do Espírito Santo, Renato Casagrande, do Piauí, Wilson Martins, e da Paraíba, Ricardo Coutinho, irão sofrer para se reeleger no ano que vem caso não tenham alianças locais de PT e PMDB, o que indicaria um apoio desses políticos para a reeleição de Dilma.
 
Agora, além de angariar votos em Estados onde praticamente não é conhecido – seu eleitorado está concentrado no Nordeste – Eduardo Campos terá de trabalhar internamente se quiser mesmo oficializar sua disputa ao Palácio do Planalto.  

 
"Eu vou trabalhar para que Campos esteja do nosso lado. Agora, não tenho nada contra a candidatura dele. Ele sempre me diz que faço a intriga do bem. E disse a ele que quando ele me telefonar e confirmar a candidatura eu paro com esta intriga. Até lá, digo que se prossegue na política agregando pessoas e não as afastando. Eu acho melhor ganhar com aliados do que perder para ex-aliados", deu o recado, já anunciando que não tem conta receita para 2018. "Quando eu falo que quero ficar até o final é porque quero concluir um processo. É um projeto que está sendo plantado e tenho o hábito de cumpri minha meta".
 
Defendendo leições a cada cinco ou seis anos, o governador da Bahia acredita que esta fórmula sairia mais barata para a democracia e criticou o que chama de promiscuidade entre o público e privado. "Em quatro ano você para um ano - seis meses antes da eleição municipal e seis meses antes da nacional. Acho que esta relação (público/privado) está andando por caminhos não bons", disse.
 
O ministro César Borges
 
Como já era de se esperar, a pergunta talvez fatídica foi respondida, aparentemente, com tranquilidade por Jaques Wagner. Ex- Carlista não  incomoda? "Não tem nenhuma história em torno dele que infrinja o código de ética. Borges é um quadro que considero da melhor qualidade. Da minha parte fortalece a posição da Bahia. Não brigo para nomear ministérios. Dilma até me consultou sobre César Borges  -qu já foi governador do Estado. Claro que fomos oposição lá atrás, mas hoje ele é da base e Dilma quis fortelecer o papel do PR", comentou, após o anúncio sobre o presidente do PR ter assumido, na tarde de hoje, o ministério dos Transportes.
 
A imagem do PT desgastada?
 
"O povo não julga o governo pela solução definitiva dos problemas, mas sim pela laniencia e pelo trabalho. Temos hoje o governo da Bahia e Sergipe. Perdemos capitais mas foram casos pontuais que nçao refletem a situação da qual o Estado vive. 75% votos de  da Dilma com relação ao Serra são do nordeste. Não acho que há nenhum sinal de desorganização", concluiu.(bocão news informações) 

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