domingo, 14 de abril de 2013

“Estrelas” de encontro do PT em Camaçari têm aparição relâmpago



O encontro do grupo Movimento PT para debater os rumos do partido e a sucessão de 2014 ocorrido em Camaçari na manhã deste sábado (13) atraiu muitos filiados à sigla, mas decepcionou quem esperava maior exposição das “estrelas” do evento. Os pré-candidatos petistas ao Governo do Estado José Sérgio Gabrielli e Luiz Caetano ficaram pouco tempo no Teatro Alberto Martins, falaram à plateia e por volta de 10h30 já haviam deixado o local.
 
O evento era bastante esperado porque, inicialmente, os quatro postulantes à vaga – além de Caetano e Gabrielli, o secretário da Casa Civil Rui Costa e o senador Walter Pinheiro eram esperados – compareceriam em Camaçari. Entretanto, na sexta-feira foi anunciado que os dois últimos não estariam no evento. De acordo com o deputado estadual Marcelino Galo, um dos líderes do Movimento PT, os quatro foram convidados, mas outros compromissos impediram Costa e Pinheiro de comparecer.
 
A suposta “pressa” de Gabrielli e Caetano ocorreu também por compromissos adicionais de ambos. Enquanto o secretário de Planejamento tinha hora marcada para apresentar o projeto da Ponte Salvador-Itaparica no Salão do Turismo, Caetano continua sua saga de visitas pelo estado para tentar viabilizar sua candidatura. Galo, porém, considerou a contribuição de ambos importante ao evento, que continuou normalmente mesmo sem os dois entes mais importantes do dia.
 
O ex-prefeito de Camaçari foi entrevistado pelo Bocão News na saída do teatro e considerou o evento “formidável” por promover o debate necessário à construção da chapa petista de 2012. Ele crê que a construção do processo sucessório tem de ser feita em torno de uma candidatura própria e, neste sentido, a tendência Movimento PT faz um encontro responsável e democrático e convoca as lideranças para promover o diálogo. Além disto considera a agenda do grupo positiva por trazer ao interior questões globais, nacionais e estaduais, aproximando as bases do partido e fortalecendo o movimento de uma maneira geral.
 
Caetano acrescentou também que o encontro não era um entre pré-candidatos, mas um “espaço para cada um expor suas ideias” e elogiou a exposição de Gabrielli no teatro. “Ele é um grande quadro, tem uma experiência muito grande e já demonstrou isso tanto na política quanto na gestão. É meu caso também, é o caso dos outros, de Ruy (Costa) e Pinheiro. Acho que é salutar fazer esse debate com a militância do partido e ganhar a sociedade para que a gente possa conjuntamente (fazer) o PT ter um candidato competitivo”.
 
Já Galo não crava que a candidatura única é o objetivo petista no final das contas e admite que o bate-chapa é uma possibilidade dado o histórico do partido. “As lideranças do PT são eleitas. No passado, consideraram o Processo de Eleição Direta (PED) desnecessário, porque ia expor o partido, mas foi o PED quem ajudou a reorganizar o PT e, consequentemente, ajudou a eleger o governador Jaques Wagner. Se o bate-chapa tiver de acontecer, vai acontecer. É uma possibilidade, porque o PT é um partido democrático”, avaliou.

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