segunda-feira, 22 de abril de 2013

"A oposição não tem condições de questionar", diz Rui Costa sobre seca

Apontado como um dos possíveis candidatos para a sucessão do governo Wagner em 2014, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, é alvo constante da imprensa; para ele, a grande responsável pela antecipação da campanha petista.  Sobre isso, em entrevista para o jornal A Tarde, o secretário ‘torce o nariz’, assim como os seus colegas de partido que não vê com bons olhos o furor diante dessa discussão.

“É muito cedo. É o momento como aquele do time que vai disputar um campeonato. Antes de disputar tem que ter concentração. É preciso estar focado e concentrado. Precisamos nos concentrar nas realizações. O governador Jaques Wagner tem marcas que ele já consolidou e nós precisamos fazer o fechamento dessas marcas (...)”, disse, considerando que o momento apropriado para a escolha do candidato seria no último trimestre, conforme já divulgado pelo governador.

No entanto, o secretário não deixa de justificar o motivo das pessoas acharem que ele será o sucessor e lembra a relação pessoal que tem com o governador, o que não lhe dá segurança. “(...) tenha certeza, ninguém será o candidato por ser mais ou menos amigo do governador. Essa qualidade é necessária, mas não é suficiente (...)”. Rui Costa lembra ainda que mesmo apesar de o governador nunca ter negado que ele seria o seu sucessor, não significa que tenha afirmado. “Até porque discutir candidatura agora seria antecipar o fim do governo”, diz.

Oposição

Conforme já divulgado no cenário baiano, para tentar derrubar Jaques Wagner em 2014, a oposição vai apelar para a seca. Ou melhor, a falta de investimentos para reversão do quadro crítico e prevenção nos municípios baianos. Mas, para o secretário da Casa Civil, esse caminho tenderá ao fracasso do lado de lá. “A oposição não tem condições de questionar nada com relação a investimento em água. Os números são inquestionáveis. Na história da Bahia nenhum governador investiu mais em abastecimento de água que Jaques Wagner”, garante Rui Costa, que apontou o investimento de R$ 8,5 bilhões no setor.
Ainda com relação à seca, o secretário falou também durante a entrevista sobre a burocracia quando o assunto é a liberação de verbas para atendimento aos afetados pela falta de água. “É uma luta incessante, diária, vencer a burocracia. Acho que os órgãos de controle, em lugar de mandar parar as obras ou retardar o início de obras importantes, deveriam resguardar aquele valor que, em tese, se entende que está em dúvida para um ajuste no final da obra”, disse Rui Costa, lembrando o embargo das obras da Ferrovia Norte Sul quando houve uma dúvida do Tribunal de Constas da União (TCU) sobre o valor.

“Enquanto se apurava, a obra ficou parada dois, três anos. Agora, descobriu-se que a diferença é de R$ 5 milhões de um contrato de R$ 600 milhões. O custo contratual por esse atraso será de R$ 60 milhões. Quem vai pagar é o povo. Quem cometeu o erro? A pessoa que fez o edital ou técnico do TCU? Ele deu um prejuízo para a sociedade de pelo menos R$ 55 milhões. Ele respondeu algum processo? Não. Em tese, o protetor da sociedade causou o prejuízo para a sociedade”, finalizou. (bocão news)

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