quinta-feira, 11 de abril de 2013

“A difícil luta continua”. MST vai para o CAB e só sairá com resposta positiva

Sob sol e cansados de uma luta de décadas, mais de 5 mil pessoas caminham na Avenida Paralela, em Salvador, com destino ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), na manhã desta quinta-feira (11). Eles são militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na jornada do Abril Vermelho. O objetivo é entregar pauta de reivindicações ao governado do estado, Jaques Vagner (PT).



“São 25 anos de luta. Já conseguimos assegurar o direito a moradia mais de 12 mil famílias, mas ainda falta muito. O dialogo com os governantes é mantido, mas o povo não vive só de conversa. Precisamos de resultados contínuos”, disse o coordenador nacional do movimento, Márcio Matos.

De acordo com o representante do movimento, depois que o Lula (ex-presidente), deixou o cargo, os resultados desaceleraram. “Dilma Rousseff mantém as negociações, mas não dá para ficar só nos discursos e debates. Queremos resultado. Aqui na Bahia vamos lutar até ultima instancia. Se nossa pauta não four atendida a ordem é acampar em uma secretária até que possamos sair de lá com uma resposta positiva”, disparou.



Mas a longa jornada é difícil e cansativa para muitos. Uma senhora de 40 anos, mãe de oito filhos tem esperanças, tem medo ter o mesmo destino que sem marido que morreu antes conseguir um bom resultado. “Já não tenho memória de quando entrei para o grupo, sou viúva e tenho que sustentar meus filhos com doações entre uma viagem e outra. É muito difícil, mas tenho fé. Se o governador tiver acesso a esta reportagem gostaria que ele tivesse um pouco generosidade e consciência dos nossos direitos”, disse Maria Rocha Pessoa, 40.



Para Jussara Silva, 32, a luta é uma motivação para a vitória. Ela e seus três filhos vivem com o movimento há sete anos. "Todos estudam e são têm consciência de que isso é necessário. Como mulher, sinto dificuldades apenas em momentos mais peculiares a nosso gênero, mas estou entre irmãos”, disse.

Com tudo, a luta continua e o grupo segue caminhada. Entre as reivindicações dos manifestantes estão o recebimento das demandas dos movimentos sociais do campo no primeiro semestre de 2013 e o balanço do atendimento das pautas dos anos anteriores.

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